A Chapecoense viveu seus dias mais difíceis no fim de 2017 e teve seu futuro ameaçado. As consequências da tragédia ainda são sentidas na cidade e, principalmente, pelos familiares das vítimas, mas o clube vai bem, e acima das expectativas.
Não foi um ano fácil para a Chapecoense, que teve de se reconstruir praticamente do zero. Falou-se, na época da tragédia, em dar a Chape o direito de não ser rebaixada no Brasileiro em 2018, independente da classificação. A diretoria negou-se a aceitar a ajuda, e acabou por ter razão.
Os meios foram criticados por muitos. A diretoria por muitas vezes não teve pudor em capitalizar com a tragédia. Familiares de vítimas reclamaram da forma como o clube não respeitou o luto, como na festa promovida durante a Recopa, fora os problemas encontrados para conseguirem idenizações e apoio durante o ano. O clube também não se importou em demitir Vagner Mancini, o técnico que assumiu o desafio inicial de reconstruir o elenco. Os resultados em campo, no entanto, acabaram por ser positivos.
A Chapecoense terminou o Brasileiro em sua melhor posição, com o oitavo lugar, três colocações acima de 2016. Foi o melhor time do returno, com 32 pontos. Com isso, a equipe conseguiu a vaga na Pré-Libertadores, pela primeira vez conquistada por sua classificação em campo na competição. Em 2017, a Chape foi para a Libertadores por conta de um título simbólico da Sul-Americana, que não pode conquistar em campo justamente pela tragédia.