O Santos segue consolidando seu projeto de futebol feminino. Com títulos nacionais e internacionais, o Peixe vai se colocando como referência no assunto. O último deles foi o Campeonato Brasileiro, vencido em cima do rival, Corinthians.
Erikinha fez parte da conquista, ajudando com sua experiência dentro de campo. A meia, com 29 anos, fez parte também do passado vitorioso do clube, que foi bicampeão da Libertadores entre 2009 e 2010.
"Cheguei em 2007 e já tive muitas conquistas, cada uma delas com uma sensação diferente. Hoje, o Santos é o time que, definitivamente, leva a modalidade como profissional em todos os sentidos. Dá o verdadeiro valor que nós, mulheres, merecemos. Claro que tem que melhorar, porque nunca podemos entrar na zona de conforto, mas o Santos tem uma diretoria fantástica para poder fazer a modalidade crescer cada vez mais", disse, para a reportagem de oGol.
Erikinha destacou ainda que o diferencial do Santos para o último título, o do Campeonato Brasiliero, foi o conjunto formado. A jogadora sonha com um novo título da Libertadores.
"Hoje, o diferencial do Santos é que não tem aquela estrela. O que fez o Santos ser campeão brasileiro foi o conjunto. Se continuarmos assim, temos grandes chances de conquistar uma Libertadores", projeta.
À vontade na Vila Belmiro, a jogadora sabe que a estrutura na Europa é boa, mas acredita que o Santos pode apresentar coisas também interessantes.
"O futebol europeu é uma coisa fantástica, e eu penso, sim, em conhecer culturas diferentes, como todo atleta. Mas o Santos vem crescendo de uma forma que só me faz querer continuar aqui. Acolheu-me e eu me sinto em casa".
Mais nova que Erikinha, Karla Alves, de 17 anos, endossa o que diz a colega. Sabe o que há de bom fora, mas acredita que, no futuro, o time paulista pode ter estrutura comparável com o que há na Europa.
"É nítida a diferença daqui para fora, mas tenho esperanças de que um dia chegaremos pelo menos perto do que é uma Europa ou EUA, Ficaria muito feliz se visse isso acontecendo no meu país, que eu jamais deixaria se me desse melhores condições de trabalho", afirmou.
Apesar da pouca idade, Karla já tem no currículo o título nacional pelo Peixe. A meia aguarda por mais chances no futuro, mas já aproveita a oportunidade de fazer parte da história do clube hoje.
"Foi uma ótima campanha, tudo fruto de um trabalho muito sério e que deu resultadol. Não pude estar dentro de campo, mas vivenciei tudo de perto, foi uma experiência única e que somou muito no meu futebol", disse.
Jaqueline Ribeiro tem também 17 anos e disputa posição com Sole Jaimes. A argentina, artilheira do Brasileiro, não deu muitas chances para a jovem, mas a conquista já está no currículo de Jaqueline.
"Não é fácil disputar a posição com nenhuma atleta do nível da Sole, porém sou nova ainda e estou em busca do meu espaço. Para mim, como uma atleta nova de 17 anos, é gratificante já ter uma conquista tão grande como o Brasileiro no meu currículo. Espero ter mais chances em 2018, pelos trabalhos que venho oferecendo e dando ao clube, com muita dedicação e esforço".