Emprestados por Inter e Palmeiras, Bruno e Thales vivem situações opostas na Série C

Bruno Oliveira pertence ao Palmeiras. Thales é do Internacional. Em 2017, entretanto, ambos jogam a Série C emprestados por suas equipes para Bragantino e CSA. Os jogadores conversaram com a reportagem de oGol sobre a expectativa por chances em suas equipes de origem e a situação oposta que vivem na Série C.  

No grupo B, o Braga vive situação delicada. Se a competição acabasse hoje, a equipe estaria rebaixada para a quarta divisão do futebol nacional. 

"Nossa campanha não é das melhores, estamos em uma situação difícil, na zona de rebaixamento, depois do resultado negativo na segunda, contra o Botafogo. Tivemos um bom começo, com resultados importantes dentro e fora de casa, mas agora estamos atravessando essa fase difícil", comentou Bruno. 

O CSA vive situação oposta. Está na liderança do grupo A, com 19 pontos, quatro a mais do que quem vem atrás. Thales comemora a liderança, apesar de os resultados recentes não terem sido bons. 

"Viemos de três empates, mas agora isso não vai ocorrer. Nosso time vai fazer os três pontos, que são importantes para continuar líder e aumentar a distância para o quinto colocado", analisou. 

©Rafael Moreira / Bragantino

Nos alagoanos, a defesa é o ponto forte. O time tem a melhor defesa da competição, ao lado do Botafogo, de Ribeirão Preto, com apenas cinco gols sofridos em dez partidas. 

"Por mais que tenha um rodízio de zagueiros ali por suspensão, a gente consegue um entrosamento bom dentro de campo e consegue não tomar gols, que é o que vem fazendo nosso time mais forte. A gente vem com uma defesa bem sólida, tomamos poucos gols. Isso é um dos pontos fundamentais para a nossa equipe estar vencendo os jogos e acumulando pontos para manter a liderança", comentou. 

Nos paulistas, o grande problema é o ataque. Na opinião de Bruno, o time vem criando boas chances nas últimas partidas, mas se complica na hora de mandar para a rede. 

"A grande dificuldade do nosso time é o poder de finalização. A gente cria bastante oportunidade durante o jogo, chega bastante na área do adversário, mas estamos pecando nesse último chute a gol para poder abrir o placar ou virar os jogos que estamos perdendo. A gente cria bastante, mas não está fazendo o gol. Estamos trabalhando em cima disso. A semana quase toda a gente ficamos trabalhando finalizações, porque a gente sabe dessa dificuldade. O professor está mostrando para nós situações de chegada na área de finalização", analisou. 

Jogos decisivos no final de semana

A Série C vai entrando em momentos decisivos na primeira fase, e os jogos da rodada 11 prometem ser importantes para a tabela. O Bragantino tem o jogo decisivo: duela contra o Macaé, primeiro time fora da zona de rebaixamento, e pode deixar o grupo em caso de vitória. O confronto é sábado, 16h, na casa do Braga. 

"Estamos altamente focados nesse jogo. No primeiro turno, a gente teve uma derrota diante do Macaé, onde tivemos dificuldade porque esperávamos um estilo de jogo deles, e eles entraram de forma diferente e surpreenderam. É uma equipe que a gente tem que entrar bastante atento, uma equipe que merece nosso respeito, mas temos que saber que é um jogo decisivo e que, se não acontecer o resultado positivo, a situação pode ficar ainda pior", projetou Bruno. 

O CSA, por outro lado, joga no domingo, contra o Sampaio Corrêa, que vem atrás na tabela com quatro pontos a menos. Além de aumentar a vantagem sobre os maranhenses, os alagoanos querem ter uma folga maior para o quinto colocado, que fica de fora das quartas de final. 

"A gente sabe que é um jogo difícil, mas estamos nos preparando bem para o jogo para ajustar o que temos que ajustar. Vamos focados para conseguir uma vitória, que vai ser muito importante para o campeonato", disse Thales. 

O objetivo em comum

Se na Série C Bruno e Thales lutam por objetivos opostos, na carreira os atletas têm uma meta em comum: retornar para as equipes que pertencem originalmente. 

©Alisson Frazão / CSA

Revelado na base do Internacional e com jogos pelo clube em 2013 e 2014, Thales acompanha de longe a campanha da equipe na Série B, mas fica na torcida. 

"O Inter está oscilando um pouco, mas eu acho que, com o trabalho do Guto, que é bem feito, ele vai conseguir dar o encaixe no time. O Inter vai retomar uma sequência de vitórias, que é importante na Série B, estar pontuando sempre", analisou. 

O zagueiro gostaria de estar ajudando o Colorado, mas sabe de seus objetivos pelo CSA. No futuro, entretanto, um retorno ao Inter está nos planos. 

"Pelos jogos que venho fazendo, espero, sim, voltar para o Inter ano que vem e poder jogar. Se não, também, estou tranquilo. Estou trabalhando forte, todo mundo está vendo meu esforço, minha dedicação. Então se voltar, vai ser ótimo. Se aparecer a chance, espero agarrar com unhas e dentes", afirmou. 

Bruno, por sua vez, tem contrato com o Palmeiras até o final do ano e espera que a diretoria palmeirense esteja de olho no que o atleta vem fazendo em Bragança. 

"Estou trabalhando para isso, para ter uma nova oportunidade de retornar ao Palmeiras. Tive um ano proveitoso. No primeiro semestre, consegui ir muito bem, levar o Bragantino de volta a Série A. Se alguém do Palmeiras estiver acompanhando, pode ver que tenho uma chance de ter uma nova oportunidade, porque estou preparado para isso. Estou empenhando bem meu futebol e, se isso acontecer, vou ficar bastante feliz. Mas também não posso deixar isso atrapalhar minha situação no Bragantino, porque as coisas aqui já estão difíceis e, se ficar pensando fora daqui, nada vai adiantar. Tenho que fazer, primeiro, bom trabalho aqui", comentou, antes de completar. 

"Não houve contato no momento, mas a expectativa é grande. A gente sabe que o Palmeiras está em busca de lateral. Vi umas matérias que a prioridade era a volta do João Pedro, mas, se não me engano, ele está machucado. Então a expectativa aumenta por conta disso, mas ainda não teve nenhum contato", finalizou.