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Futebol Internacional
Temporada da MLS começa hoje

Felipe Martins comenta rivalidade em Nova York e vê MLS acima do Brasileirão

O brasileiro Felipe Martins vai para sua sexta temporada na Major League Soccer. De carreira profissional feita toda fora do Brasil, o meia elogia o crescimento do futebol nos Estados Unidos, vê a MLS acima do Brasileirão e não acha que o futebol chinês pode ser um concorrente. 

Antes de chegar na Terra do Tio Sam, Felipe jogou na base no Rio pelo Campo Grande, de Pedrinho Vicençote, passou por Itália, Suíça e Canadá. 

"Quando eu estava no Rio de Janeiro, tinham uns olheiros da Itália que vinham no clube do Pedrinho (Vicençote, o Campo Grande, que trabalha com atletas jovens), onde eu jogava. Um deles se interessou, entrou em contato com ele (Pedrinho) e, seis meses depois, tirei minha cidadania (italiana). Chegando lá, em seis meses já passei para o time principal (do Padova). Depois da Itália passei pela Suíça e Canadá, agora no Red Bulls", contou o jogador, em conversa por telefone com a reportagem de oGol

O crescimento da MLS

Felipe guarda ótimas recordações da Suíça, "um dos melhores países para se viver", onde jogou em Winterthur, Lugano e Wohlen. A passagem do meia na Europa terminou para que ele começasse seu ciclo na MLS. 

qEu assisto o Campeonato Brasileiro e não tem nem comparação com o ritmo que a gente joga e treina aqui

"Vou indo para meu sexto ano e a liga vem crescendo muito. É maravilhoso, muito organizado. Mas o melhor de tudo são os torcedores, que lotam sempre os estádios e fazem um ambiente maravilhoso para a gente fazer o melhor em campo", analisa. 

Felipe saiu de Montreal para morar em uma das cidades mais cosmopolitas do mundo, Nova York, com seu filho canadense, Noah, e sua esposa italiana, Nicole. Três línguas em uma só casa. A comunicação nunca foi problema para Felipe na América do Norte. 

"A língua, com certeza, ajudou muito. Eu já falava italiano, um pouco de espanhol. No meu time tinham muitos italianos. Mas aprendi rápido também o inglês e o francês. Quando você fala a língua, a adaptação é muito mais rápida", confessa. 

O brasileiro já tem 167 jogos na MLS, somando as partidas por Montreal Impact e New York Red Bulls, equipe na qual não demorou a se firmar, já que trabalha com Jesse Marsch, responsável por levar o atleta para a liga em 2012.

MLS x Campeonato Brasileiro 

Os anos de MLS fazem Felipe conhecer bem a competição e falar com propriedade. Para o meia, a competição só vem crescendo e é mais atrativa que o Campeonato Brasileiro, por exemplo. 

"Todo mundo pensa que aqui é um campeonato inferior, mas eu assisto o Campeonato Brasileiro e não tem nem comparação com o ritmo que a gente joga e treina aqui com o ritmo brasileiro. Tecnicamente, o Brasileirão é um campeonato de alto nível, mas a nível de tática e velocidade de jogo, está abaixo de muitos campeonatos, inclusive da MLS", analisa.

"Isso dificulta a adaptação de jogadores do Brasil que vêm para cá. O caso do Gilberto, que, para mim, é um excelente jogador e está fazendo um ótimo campeonato agora pelo São Paulo, mas aqui teve muita dificuldade até pelo ritmo e pelo jeito de jogar. Eu acredito que, se o brasileiro vem de ligas como na Europa ou nos Estados Unidos, a adaptação no Brasil é muito mais fácil do que um brasileiro se adaptar na liga dos Estados Unidos", completa. 

©Getty / Jeff Zelevansky

Felipe fala de estatísticas que demonstram o crescimento das equipes de lá a cada ano. Fala dos craques que recentemente foram contratados e das estrelas que podem vir. O mercado chinês, que recentemente gastou mais que as ligas da Europa, não é um concorrente que preocupe o brasileiro.  

"O mercado chinês, para mim é um mercado muito passageiro, muito rápido. Você vê jogadores brasileiros que vão para lá ficam no máximo um ano. Ou seja, fazem a escolha só pelo nível econômico, mas não têm nem comparação o nível técnico. Os jogadores vão para lá e vêem que lá não é um campeonato que se jogue, é só para ganhar dinheiro. Então acho que não vai ser um problema para os Estados Unidos e para a Major League Soccer. porque aqui está sempre evoluindo", comenta. 

Clássico de Nova York ajuda no crescimento 

A cidade de Nova York ganhou recentemente outro time na MLS: O New York City, que foi defendido nos últimos anos por Andrea Pirlo, David Villa e Frank Lampard. Para Felipe, a rivalidade já mostrou a cara na cidade. 

"Muito grande a rivalidade. É ótimo para a gente e para a cidade. Sempre bom ter uma rivalidade grande. Aqui, com certeza, já tem uma rivalidade muito grande e os dois times, digamos, já se odeiam", disse. 

Latino que é, Felipe sabe da importância dos estrangeiros para o futebol nos Estados Unidos, mas garante que o interesse dos estadunidenses pelo esporte vem crescendo. 

"Os latinos ajudam, mas, em geral, o americano tem se importado muito pelas crianças que estão começando a querer jogar futebol. O esporte vem crescendo muito e os estádios estão sempre cheios", aponta. 

A nova temporada da Major League Soccer começa já na noite desta sexta-feira (03). Clique aqui e sabia tudo sobre a competição. 

Brasil
Felipe Martins
NomeFelipe Campanholi Martins
Data de Nascimento/Idade1990-09-30(33 anos)
Nacionalidade
Brasil
Brasil
Dupla Nacionalidade
Itália
Itália
PosiçãoMeia (Meia Central)

Fotografias(4)

Comentários

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motivo:
AR
PS
2017-03-04 20h45m por arturprodrigues
A MLS ser horrorosa não faz que o Brasileirão seja um super campeonato, só pra esclarecer, mas é bem melhor(menos pior) que o torneio ianque.
AR
Não é melhor
2017-03-04 20h43m por arturprodrigues
Não é melhor nem em intensidade nem qualidade, os jogos da MLS são fracos, defesas terríveis(o número de gols elevados comprova) inversamente proporcional ao brasileirão, que tem defensores melhores, além de jogos muito mais tensos(aqui basicamente todos os jogos entre grandes de RJ-SP-MG-RS são clássicos, um time desses faz na faixa de 22 clássicos num campeonato), o que diminui a média de gols. Portanto, pra quem gosta de gols, a MLS é sim um prato cheio, mas não se compara em nada a...ler comentário completo »
Acredito no cara
2017-03-04 20h37m por rsmassa
Bom, o jogo aqui no Brasil anda em ritmo de tartaruga sifilítica tem tempo. Difícil mesmo é achar um grande centro com futebol mais modorrento do que o que andamos vendo por aqui tem anos. Daqui a pouco até a liga do Suriname se torna mais vistosa que nossos combalidos campeonatos.
Acabou com meu argumento
2017-03-04 17h57m por LukyMax_Santiago
Kkkkkk, sim, mas como disse outro internauta abaixo dos comentários. Cada um tem que vender seu peixe né.
Eu nunca joguei na Premier League
2017-03-04 17h00m por JP_Tricolor
E tenho certeza que eles jogam com mais intensidade, e acredito que você acharia a mesma coisa. Ele cita jogadores que chegam do Brasil e sentem o ritmo lá e tudo. Talvez seja exagerado um pouco, mas que tem jogo no Brasil que dá sono dá. . .
Descordo
2017-03-04 15h35m por LukyMax_Santiago
Nunca jogou em um grande centro ou time (ok, jogou na Itália mas por exemplo nunca jogou em uma Premier League). Então está sendo ingenuo, não sabe do que está falando.
Talvez na organização realmente eles sejam melhores.
Eu entendo e talvez tenha razão
2017-03-04 15h12m por JP_Tricolor
Ele não está falando em qualidade de jogo, mas em velocidade de jogo. A MLS tem muita correria, como outros campeonatos. Ainda falta o povo aqui jogar todo jogo como se fosse uma final, como se faz na Premier League, em que é intensidade total até o fim, mesmo com os times menores. O jogo fica muito mais agradável de ver.
não entendi!
2017-03-04 09h27m por br999
como um jogador que nunca jogou num grande clube do Brasil pode avaliar que o ritmo que ele joga é mais "pegado"que aqui.
AR
Aham. . .
2017-03-03 20h16m por arturprodrigues
Eu trabalho num açougue, quando perguntam qual carne é melhor, digo que é a do meu, tenho que defender quem paga meu salário, igual ao jogador aí.
Ah claro
2017-03-03 09h44m por CRUZPH
Que nem o campeonato chinês, não é não?
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