Bolaños não fez a temporada que se esperava, mas foi decisivo

Em 2011, Adriano, o Imperador, chegou ao Corinthians como grande contratação. Já via a carreira entrar em decadência, mas vinha da Roma, e havia voltado ao auge pouco tempo antes, com o título brasileiro no Flamengo. Quem olha os números modestos do atacante no clube paulista, pensa: que grande fracasso. Pode até ter sido, mas o atacante foi decisivo. 

Na rodada 36 do Campeonato Brasileiro, marcou, no último minuto, o gol da vitória sobre o Atlético Mineiro. O Timão disputou o título com o Vasco até o último minuto da última rodada, e o tento de Adriano acabou sendo fundamental para a conquista. 

Existem diferenças, claro, mas também há semelhança no primeiro ano de Miller Bolaños no Grêmio. O atacante marcou, nesta quarta-feira, o gol no empate que acabou dando o título da Copa do Brasil ao Tricolor, contra o Atlético Mineiro. 

O equatoriano chegou ao Rio Grande do Sul no início do ano debaixo de muita expectativa. Os gaúchos venceram a concorrência do futebol chinês, e pagaram US$ 5 milhões (R$ 19,4 milhões) por 70% dos direitos do jogador. 

Bolaños é jogador da seleção equatoriana. Esteve nas duas últimas Copas América. Foi campeão da Copa Sul-Americana e da Recopa pela LDU. Baita currículo. 

No Sul, entretanto, não rendeu o esperado. Em março, sofreu fratura na mandíbula e foi operado. Quando voltou, sofreu para ser titular. Não aproveitava as chances. Chegou a ficar quatro meses sem marcar. Mas foi ganhando espaço na reta final da temporada. 

Focado na decisão da Copa do Brasil, Renato Gaúcho usou um time alternativo nas últimas rodadas do Brasileiro. Bolaños aproveitou bem: marcou contra América e Santa Cruz. 

Na final contra o Galo, entrou nos minutos finais. Teve estrela o suficiente para abrir o placar para os gremistas. Nem o golaço de seu compatriota, Cazares, atrapalhou as coisas. 

Adriano, nem com o gol decisivo contra o Atlético, teve vida longa no Corinthians. Bolaños espera ter um destino bem diferente que o do Imperador.