Após o Atlético Mineiro ter confirmado que não jogará a última rodada do Campeonato Brasileiro, contra a Chapecoense, a equipe de Chapecó se posicionou no mesmo sentido, e afirmou que não entrará em campo.
"Não vai ter jogo. Já nos juntamos do que sobrou da comissão, jogadores, foi unânime, não vamos jogar. As inscrições acabaram, vão abrir uma exceção, rasgar o regulamento? Não tem clima. Como se comportariam árbitros e jogadores. Usaram até a palavra festa. Que festa é essa? Foi muito bom o Atlético Mineiro se antecipar e dizer que não vem a Chapecó. A CBF não manda nada nesse aspecto", confirmou Vitor Hugo Nascimento, chefe do departamento de desempenho, na Arena Condá.
Mais cedo, o presidente do Galo, Daniel Nepomuceno, garantiu que sua equipe não irá viajar para Chapecó para a partida, e não se importou com uma possível punição.
"Vim aqui somente informar que o Atlético não irá até Chapecó jogar a última partida. A gente acredita no esporte e respeita a dor, não é o momento para cobrar de jogador nenhum, a essência do esporte. Já comunique a CBF", disse o mandatário, em coletiva.
A entidade lutava pela realização da partida, mas, com a negativa dos clubes, já fala, através do diretor de competições da CBF, Manoel Flores, ao Sportv, em não haver"um dispositivo no regulamento que permita o cancelamento da partida".
"O Atlético está justificando um possível não comparecimento à partida. O WO, tratado no artigo 53, se caracteriza no não comparecimento do clube à partida, acarretando a perda de três pontos e no placar de 3 a 0. A gente entende que é isso que o Atlético decidiu. Obviamente, todo o protocolo da partida precisa ser feito, para seguir a parte protocolar, técnica, podendo até haver um WO duplo. Mas não há dispositivo para o cancelamento da partida", completou.