Não relacionado para o duelo na Colômbia, contra o Atlético Nacional, que valeria o título da Copa Sul-Americana, o zagueiro Rafael Lima esteve na Arena Condá em dia de luto pelos mortos na queda do avião que levava a delegação do time para Medellín.
No clube desde 2012, Rafael participou da histórica trajetória que tirou o Verdão do Oeste da terceira divisão do futebol nacional até uma final de torneio continental. Hoje, lamentou o pior dia da história do clube.
"Eu estou aqui desde a Série C e fui capitão por quatro anos consecutivos. Em 2016, eu acabei perdendo minha posição, mas continuei trabalhando. Eu queria ir. Muitas vezes somos ingratos e pensamos que as coisas tem que que ser como queremos. Eu acredito em Deus, e infelizmente meus irmãos partiram", disse, emocionado.
"Hoje eu estou triste, sim, consternado, mas posso dar um abraço na minha filha, um beijo na minha esposa. Saber que eu posso estar respirando, saber que vou acordar amanhã e levar minha filha para onde ela quiser. E meus irmãos não vão poder fazer isso. Foi uma perda quase que total. Como eu falei, a gente realmente tinha um grupo", completou.
Um dos amigos que Rafael fez no clube foi Bruno Rangel, que se tornou, nos últimos anos, o principal artilheiro da história da Chape. O atacante faleceu no acidente.
"É o maior artilheiro da história do clube. Nós sentávamos um do lado do outro no vestiário, isso há algum tempo. Mesmo ele indo para fora, para o mundo árabe e depois voltando a gente não perdeu o contato. Hoje infelizmente ele deixou o Daniel e a Bárbara, os seus filhos. Vamos procurar dar força para quem fica. Procurar que todos levem uma vida todos juntos", lamentou Rafael.