O sonho do ouro acabou para a seleção brasileira feminina. O Brasil dominou a Suécia por 120 minutos, mas não conseguiu encontrar o gol e acabou derrotado na disputa por pênaltis, por 4 a 3.
Ao time de Marta e companhia resta a disputa pelo bronze. A Suécia chega a final confiante na defesa, depois de eliminar dois favoritos, os Estados Unidos e o Brasil, confiando em uma bem armada e focada retranca.
Retranca sueca dificulta jogo brasileiro
A Suécia entrou com uma estratégia bastante diferente em relação ao encontro da fase de grupos, que terminou com goleada brasileira por 5 a 1. Naquela partida, a seleção sueca tentou jogar aberto, criou chances, mas sofreu com a melhor qualidade técnica da equipe de Marta e companhia. Nesta terça, as seucas se fecharam na defesa, dificultando muito a chegada na área.
O Brasil fez o que precisava fazer desde o iníco. Controlou a bola, com posse rondando os 70%, e arriscou os chutes de fora da área quando teve espaço. Foi assim que Debinha levantou o público, com arremate que passou perto do gol.
O perigo residia nos contra-ataques suecos, com lançamentos longos atrás da defesa brasileira. Assim Schelin recebeu na área e perdeu oportunidade clara, finalizando por cima do gol.
Debinha, sempre muito ativa no ataque, tentou de cabeça aos 22 minutos. Lindahl fez a defesa e mandou para escanteio. Bia, também de cabeça, já aos 42, também parou na goleira.
Brasil segue sem marcar
Vadão tornou o Brasil ainda mais ofensivo ao colocar Andressinha no lugar de Thaisa para o segundo tempo. A seleção voltou com tudo para cima da Suécia, apertando a saída de bola e empurrando as rivais para dentro da própria área.
Aos quatro minutos, Marta chegou a driblar a Lindahl, mas ficou sem ângulo para finalizar. Logo depois, Bia escapou com um lindo chapéu para dentro da área e finalizou cruzado, para fora.
Aos 28 minutos, Marta tentou resolver tudo sozinho, avançou da direita para a área driblando oponentes e bateu cruzado para nova defesa de Lindahl. Quando conseguia furar o bloqueio sueco, o Brasil parava na goleira. O jogo foi para a prorrogação.
Desespero e pênaltis
Cristiane, maior artilheira brasileira, foi chamada para a prorrogação, mesmo sem estar ainda completamente recuperada de lesão muscular. Um símbolo do desespero em busca do gol: afinal foram três jogos completos sem marcar depois que a atacante se machucou.
A prorrogação foi marcada por muitos erros, dos dois lados, por conta do desgaste. Cristiane pouco apareceu. A atacante acabou ainda atrapalhando Raquel em rebote da goleira Lindahl para o meio da área, já nos acréscimos.
Nas penalidades, Cristiane perdeu a segunda cobrança brasileira. Bárbara pegou a cobrança de Asllani para deixar tudo igual. A disputa seguiu sem erros até a quinta batida, com Lindahl defendendo a batida de Andressinha no canto. Desta vez, a goleira brasileira não conseguiu salvar o dia.
0-0 (3-4 Pen.) | ||