Mano Menezes concedeu sua primeira coletiva após o retorno ao Cruzeiro. O técnico mostrou confiança no grupo, apesar da briga contra o rebaixamento, e avisou que não pedirá reforços. O foco de Mano no primeiro momento é corrigir o posicionamento defensivo.
Para o treinador, o grupo que tem em mãos é capaz de reagir no Brasileiro. Mano Menezes não quer tomar decisões apressadas e prefere conhecer melhor a equipe antes de pensar em reforços.
"Não vou fazer nenhuma solicitação imediata de contratação. Não é este o meu estilo de trabalhar. Eu respeito muito os jogadores que dirijo e o clube. De longe, qualquer avaliação pode ser mais precipitada. Pode cometer uma injustiça com um grande jogador que talvez não viva bom momento por uma série de situações. E uma supervalorização de um atleta vindo pode nos trazer apenas um gasto a mais. Precisamos cuidar de todos estes detalhes, no futebol hoje, com muita responsabilidade", argumentou.
Depois de analisar os últimos jogos do Cruzeiro, Mano acredita que, com pequenos ajustes, o time já apresentará uma melhora em campo. O treinador ficou satisfeito com a produção no ataque, e por isso pretende focar no posicionamento defensivo.
"Acredito, pelo jogos que assisti nas últimas horas, que pequenos ajustes de estratégia e questões em relação a parte defensiva, a gente pode colher, a curto prazo, resultados melhores que aqueles que o Cruzeiro vem apresentando. A produção, em termos de criação, é bastante boa. Então é dar tranquilidade, mostrar que confiamos na capacidade dos jogadores", disse o técnico, que pretende encontrar um time titular rapidamente para motivar a briga por posições.
Mano Menezes não escapou da pergunta sobre a possibilidade de abandonar novamente o trabalho no meio do caminho no Cruzeiro, em caso de nova proposta milionária. Bem-humorado, o técnico garantiu estar satisfeito com o que embolsou no seu curto tempo na China.
"Para os próximos sete anos estou satisfeito com os milhões que ganhei lá", brincou.
Curiosamente, Mano Menezes reconheceu que teve na China, no Shandong Luneng, a mesma dificuldade que encontra hoje no Cruzeiro, e não conseguiu lidar bem com a situação por lá. O time começou mal na Campeonato Chinês, até por priorizar a Liga dos Campeões da Ásia, e passou a conviver com o desconforto da zona de rebaixamento.
"Tivemos que optar por uma escalação alternativa. Um início não tão bom colocou a equipe em outro grupo e falo aquilo que disse lá. Convivemos com a mesma dificuldade que o Cruzeiro tem convivido aqui nos dois últimos anos. Quem vive na parte de cima, quando começa a conviver lá em baixo tem problemas novos e precisa encontrar soluções diferentes. Lá não conseguimos encontrar, aqui consegui no ano passado e espero encontrar esse ano", resumiu.