O Chile segue mandando no continente. Nos pênaltis, como em 2015, a seleção chilena derrotou a Argentina, após empate em 0 a 0 durante 120 minutos, e conquistou o bicampeonato da Copa América.
A derrota pesou especialmente para Messi, que desperdiçou sua cobrança na disputa das penalidades. A seca de títulos argentina já vem de 1993. Para o Chile, o bicampeonato provou que o momento é deles.
Nem Messi, nem Sánchez, Héber Roberto Lopez quer ser a estrela
O palco estava preparado para brilharem jogadores como Messi, Di María, Alexis Sánchez e Vidal. Mas outro ator decidiu tomar conta do espetáculo. O protagonista não vestiu a camisa da Argentina ou do Chile, mas sim um manto preto, e segurava um apito: Héber Roberto Lopez.
O show do árbitro brasileiro começou aos 28 minutos, quando decidiu apresentar o segundo amarelo a Marcelo Díaz, por uma falta comum de jogo. O jogador pareceu não entender a decisão, no mínimo rigorosa. Mas o juiz não quis saber das reclamações chilenas.
Logo depois, Heber foi envolvido pelo time chileno em queda de Messi na área. A pressão rendeu o amarelo ao argentino, que também ficou sem compreender o motivo. A Argentina não acabaria com 11 o primeiro tempo, com vermelho direto para Rojo, em outra decisão muito questionável, ainda mais depois de parecer mostrar o cartão para um jogador chileno, com gestos exagerados e teatrais.
O árbitro conseguiu deixar o campo para o intervalo desagradando as duas seleções e a todos que só esperavam assistir um bom jogo de futebol na noite de domingo.
Jogo morno no segundo tempo
As duas seleções voltaram para o segundo tempo cautelosas, com medo de deixar espaços ao subir para o ataque. As finalizações foram raras e as chances de gol ainda mais.
A Argentina chegou aos nove minutos em bola que sobrou para Higuaín. Sem a tranquilidade costumeira de frente para o gol, o atacante mandou para muito longe. O Chile respondeu com arremate de Isla da entrada da área, também para fora.
A primeira grande chance chilena só apareceu aos 34 minutos. Sánchez lançou da defesa para Vargas, que disparou em direção a área e bateu cruzado. Romero fez boa defesa.
A oportunidade do jogo surgiu para a Argentina aos 40 minutos. Messi, apagado e errando mais que o normal, conseguiu encontrar bom passe para Agüero, que entrou no lugar de Higuaín. O atacante driblou um defensor e, na área, errou na hora de finalizar, mandando para o alto.
A história se repete
O cansaço afetou as duas seleções na prorrogação e, com dois a menos em campo, os espaços começaram a aparecer cada vez mais. Quem partia para o ataque dificilmente tinha fôlego para recompor a marcação na defesa. O jogo ganhou pela primeira vez em emoção.
Aos oito minutos, Vargas apareceu livre na área para cabecear no canto. Romero fez grande defesa. Na sequência, Agüero cabeceou por cobertura e Claudio Bravo voou para fazer a defesa.
O jogo seguiu com muita correria desorganizada até o segundo tempo da prorrogação. O Chile então recuou e suportou a pressão da seleção argentina para tentar novo título nas penalidades.
Vidal abriu a disputa de pênaltis e parou em Romero. Messi mandou por cima do gol na sequência. Castillo bateu forte e fez o primeiro chileno. Mascherano respondeu na mesma moeda. Aránguiz repetiu a estratégia para o 2 a 1. Agüero colocou no canto para o empate.
Beausejour deslocou Romero e jogou a pressão para a Argentina mais uma vez. Biglia parou em Bravo. Silva fechou as cobranças com batida forte no canto. Festa chilena, desespero argentino.
0-0 (2-4 Pen.) | ||