Romário, o "Gênio da Grande Área", completa mais um aniversário. Uma data que não poderia passar em branco. Para homenagear um dos maiores craques da história do futebol, resumimos aqui a sua carreira em 11 grandes capítulos.
Convidamos para fazer a compilação dos grandes momentos Júlio César Cardoso, fã incondicional do ex-camisa 11 e criador dos sites "FutDados" e "Ensina, Romário", este último, que coloca o talento do artilheiro a serviço das novas gerações, de forma pedagógica.
Romário estreou como profissional em 6 de fevereiro de 1985, enfrentando o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro. Seu primeiro gol veio em um amistoso diante do Nova Venécia (ES), em agosto daquele ano. Foi artilheiro dos Campeonatos Cariocas de 1986 e 1987, e bicampeão estadual nas edições 1987 e 1988 – e venceu o arquirrival Flamengo em ambas as ocasiões.
Comandado pelo técnico Carlos Alberto Silva, Romário integrou a seleção olímpica que conquistou a prata nos Jogos Olímpicos de Seúl. Ao lado de nomes como Taffarel, Jorginho, Ricardo Gomes e Bebeto, Romário foi o artilheiro do torneio com 7 gols. Marcou o gol brasileiro na decisão, mas a União Soviética empatou no tempo regulamentar, venceu na prorrogação e levou o ouro.
A Seleção comandada por Sebastião Lazaroni entrou no torneio continental amargando um jejum de 40 anos sem conquistá-lo. Fazendo dupla de ataque com Bebeto, Romário marcou um gol em cada um dos três jogos do quadrangular final da competição, incluindo o gol do título, diante do Uruguai.
Entre 1988 e 1993, Romário comandou a equipe do PSV Eindhoven. Marcou incríveis 165 gols em 167 jogos, vencendo três campeonatos nacionais (88/89, 90/91 e 91/92), uma Copa e uma Supercopa dos Países Baixos. Seus feitos chamaram a atenção do Barcelona, que passou a contar com o baixinho a partir da temporada 1993/1994.
Pelo Barcelona, Romário atingiu seu ápice. Campeão da Liga e da Supercopa Espanhola em 1993/1994, o baixinho encantou com um repertório de golaços e atuações espetaculares. Destaque para os três gols diante do Real Madrid, na vitória por 5x0 pela temporada 1993/1994.
Mais uma vez fazendo dupla de ataque com Bebeto, Romário comandou a equipe treinada por Parreira na conquista do quarto título mundial da Seleção. Marcou 5 gols e foi eleito o melhor jogador. Ao fim daquela temporada, foi escolhido o melhor jogador do mundo pela Fifa.
De volta ao futebol brasileiro, Romário marcou 204 gols em 240 jogos pelo Flamengo. Conquistou os estaduais de 1996 (este, de forma invicta) e de 1999, além da Copa Mercosul de 1999. Acumulou duas artilharias da Copa do Brasil (1998 e 1999), quatro artilharias do Carioca (1996/1997/1998 e 1999), foi artilheiro do Rio-SP de 1997 e da Mercosul 99.
Dispensado pelo Flamengo após desentendimento com a diretoria, Romário voltou ao Vasco nos últimos dias de 1999. Em 2000, bateu seu recorde pessoal de gols em uma temporada, marcando 73 vezes, somando-se os gols pela seleção. Pela equipe de São Januário, terminou o ano conquistando a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro. Naquela ano, foi artilheiro do Torneio Rio-São Paulo, do Carioca, do Mundial de Clubes, do Campeonato Brasileiro e da Copa Mercosul. Após passagens por Fluminense e Al-Sadd entre 20002 e 2004, Romário voltou ao Vasco em 2005, onde foi artilheiro do Brasileiro de 2005 aos 39 anos.
Após deixar o Vasco no meio de 2002, Romário vai para o Fluminense. Pelo tricolor, marcou 48 gols, participando da campanha que levou a equipe até as semi-finais do Brasileiro de 2002. Foi no clube que marcou seu único gol de bicicleta.
Nos últimos anos de sua carreira, Romário passa a perseguir a marca dos 1000 gols (incluindo amistosos). Obstinado a atingi-la, o baixinho acumulou gols por Vasco, Miami FC e Adelaide United. Em 20 de maio de 2007, diante do Sport, marca seu milésimo gol, de pênalti. Em 2008, Romário marcou seus dois últimos gols diante do Grêmio, em jogo válido pelo Brasileirão, disputado em São Januário.