No atual Campeonato Brasileiro, Santa Catarina, sem tradição de grandes campanhas na competição, é o segundo Estado com mais representantes. Perde para São Paulo e fica na frente, por exemplo, do Rio de Janeiro. Mas o quadro será outro em 2016.
Os quatro representantes catarinenses estão na parte inferior da tabela, na luta contra o rebaixamento. Dois deles estão no Z4. A "invasão catarinense", que surpreendeu a todos em 2015, pode ter uma debandada.
No início da temporada, era até esperado que as equipes catarinenses lutassem na parte inferior da tabela. O maior exemplo disso é o Joinville.
Atual campeão da Série B, em um ano em que a competição teve a participação do gigante Vasco, o JEC tinha bem delimitado que o objetivo da equipe era lutar contra o rebaixamento. Logo no início da campanha, o então técnico da equipe, Hemerson Maria, relatou isso para ogol.com.br.
"Vamos buscar a melhor colocação possível. Mas temos a ideia de que, se o Joinville não for rebaixado nessa volta, já vai ser uma colocação honrosa", disse o comandante na época.
Hoje, o Tricolor ocupa a lanterna do Campeonato Brasileiro. São 24 pontos em 29 partidas, com apenas cinco vitórias. Depois de Hemerson, o clube já teve Adílson Batista e, atualmente, busca reação com Paulo César Gusmão.
Também na zona de rebaixamento está o Figueirense: com 31 pontos, a equipe do Scarpelli está a dois do Coritiba, primeiro time fora do Z4.
Na última temporada, o Alvinegro fez boa campanha no Campeonato Brasileiro, terminando em 13° lugar, com 47 pontos. Quem também vem de campanha na Série A é a Chapecoense.
O Verdão do Oeste atualmente se encontra uma posição acima com relação ao último ano, em 14°. A luta segue a mesma: evitar o rebaixamento.
Uma posição abaixo da Chape está o Avaí, outro catarinense que luta contra o Z4. Quarto lugar na última Série B, o Leão da Ressacada tem 33 pontos e vê o Z4 de perto.
Os clubes catarinenses têm, cada um, sua própria casa. O problema é estrutural. Os investimentos são menores, tanto por parte dos patrocinadores quanto pela cota da televisão.
Com menos dinheiro e sem a mesma tradição de centros como Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, Santa Catarina luta para não ver uma debandada na próxima temporada.