Arsenal x Liverpool: Muitas emoções, mas nada de gols

Arsenal e Liverpool fizeram um 0 a 0 de muitas emoções no Emirates, na tarde desta segunda-feira. O gol foi o único elemento a faltar em clássico empolgante pela Premier League.

Um empate que foi melhor, certamente, para o Liverpool. Afinal, o time de Brendan Rodgers permanece invicto após confronto duro fora de casa, com sete pontos, na quarta posição (mas empatado com o segundo e o terceiro). Os Gunners, com quatro pontos, terminam a rodada em nono.

Um 0 a 0 para lá de animado

Existem jogos que não precisam de gols para serem agradáveis. Assim decorreram os 45 minutos de Arsenal x Liverpool. Um clássico empolgante, com grandes jogadas, muita velocidade e chances dos dois lados. De fato, o 0 a 0 foi um placar demasiado injusto para o que as duas equipes produziram.

A começar pelo Liverpool. Com apenas dois minutos, Philippe Coutinho já mandava bola no travessão. O meia demonstrou bom entendimento com outro brasileiro, Roberto Firmino, e também com o atacante Benteke. Antes do intervalo, em jogada individual que deixou Bellerín torto, Coutinho novamente mandou na trave. Desta vez com leve toque providencial de Petr Cech.

Cech, por acaso, merece atenção à parte. Afinal, além de impedir o golaço de Coutinho, o goleiro veterano fez defesa improvável em finalização a queima-roupa de Benteke, aos 38 minutos. O curioso é que o atacante, dentro da pequena área, pareceu fazer tudo certo, e mesmo assim não conseguiu impedir Cech de chegar na bola.

O Arsenal teve mais a bola, porém sem criar tantas ocasiões de perigo como o rival. Ainda assim, o gol dos Gunners só não saiu por conta de um impedimento polêmico. Ramsey escapou na cara do gol, em passe preciso de Cazorla, e não falhou. O assistente já não pareceu tão eficaz e levantou a bandeira - o lance é difícil, mesmo com repetições, mas o meia parecia na mesma linha da defesa.

Faltou o gol

A partida não teve o mesmo ritmo na segunda etapa. O Arsenal voltou melhor organizado e encurralou o Liverpool na defesa. Alexis Sánchez e Ramsey eram os melhores, com Coquelin, Cazorla e Giroud participando também de forma intensa. Faltou apenas maior colaboração de Özil, incapaz de acertar toques fáceis.

Como a defesa dos Reds se fechou na frente da área, era preciso fazer algo mais para criar. E, aos 13 minutos, Cazorla encontrou passe entre dois marcadores, para Giroud, que protegeu a bola e rolou para Sánchez finalizar na trave.

Melhor chance teve o próprio Giroud, 11 minutos depois. O atacante conseguiu passar da marcação na área e, mesmo desequilibrado, bateu forte. Foi a vez de Mignolet fazer milagre pelo lado do Liverpool.

Depois de novo susto, o Liverpool passou a responder nos contra-ataques. O jogo novamente ganhou em velocidade, mas o gol teimou em não sair até o apito final.