Messi sempre foi questionado na Argentina. Por mais que brilhasse com a camisa do Barcelona, e até por mais que tivesse boas atuações por seu país, o atleta sempre teve uma grande cobrança por lá.
Do primeiro jogo, que terminou com expulsão, ao último, com perda do título da Copa América, Messi sofre com as críticas no país. A cada título que fica no quase, a pressão sobre o jogador aumenta. E foram muitos títulos que ficaram pelo caminho deste o último conquistado pela Albiceleste, em 1993.
Messi era apenas um jovem menino quando Gabriel Batistuta ajudou a seleção a vencer o México, em Quito, e conquistar a última competição oficial do país.
O camisa 10 e capitão já superou os 100 jogos por seu país. Os 46 gols e as conquistas do Mundial Sub-20 e da Olimpíada não são suficientes. Falta um campeonato profissional.
Em Buenos Aires, se especula que o jogador, abatido por mais um vice-campeonato (Copa do Mundo e Copa América, na sequência) estaria pensando em dar um tempo da seleção. Seria uma catástrofe, como garante o ex-técnico César Luis Menotti, campeão do mundo em 1978.
"As pessoas acreditam que, por ter Messi, temos que ganhar tudo. Não nos equivoquemos. A Argentina é um time normal, igual ao Brasil sem Neymar, que pode perder contra qualquer um. Que cuidem do Messi, ou então não iremos ao próximo Mundial, "analisou Menotti em artigo publicado no jornal argentino La Vanguardia.
"Messi fez bons jogos na Copa América quando a Argentina jogou bem, não pode ser de outra forma. Ainda é provável que, na seleção, não exista a contundência e a ideologia que deem a Messi uma segurança para se movimentar. Mas seu talento está intacto", completou.
O jogador, em férias após uma temporada desgastante, é defendido também por Luis Segura, presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA).
"Não entendo as pessoas que questionam Messi: é uma injustiça absoluta. Espero que ele não se canse das críticas, seria lamentável que não venha mais representar a seleção", disse.