O Estádio Nacional sofreu, teve que esperar a prorrogação e os pênaltis, mas, no final, acabou chorando. De alegria, não tristeza. Após vitória por 4 a 1 sobre a Argentina nas penalidades, o Chile conquistou pela primeira vez na história a Copa América. E logo em casa. Festa em Santiago.
La Roja finalmente pode dizer que tem um título continental. Os chilenos podem lavar a alma e dizer que conquistaram a América. Uma das grandes seleções de sua história deu ao país a Copa América. Nem a Argentina, nem Messi, conseguiram estragar a festa.
O Chile não mudou de postura para a final: seguiu propondo o jogo e empurrando o rival para o campo de defesa. O desejo do título inédito era enorme em Santiago.
A Argentina, por sua vez, esperava o adversário e se postava em campo para um contra-ataque mortal. Messi, Agüero e Di María eram opções imediatas quando a bola era dos argentinos.
Os donos da casa conseguiram incomodar pela primeira vez. Aos dez minutos, Alexis Sánchez tabelou com Valdívia, avançou e mandou para o meio. Arturo Vidal aproveitou corte errado da defesa para pegar de canhota, mas Romero foi no canto defender.
Quase dez minutos depois, a Albiceleste chegou pela primeira vez ao gol de Bravo. Messi cobrou falta e Agüero desviou, mas o goleiro conseguiu espalmar.
A entrada de Lavezzi não mudou o esquema de Tata. Apesar de ser mais incisivo que Di María, e de sem o meia do Manchester o time perder na categoria e no passe, o esquema seguiu o mesmo.
O primeiro tempo decorreu com poucas chances de gol. Apenas uma boa de cada lado, uma defesa de cada goleiro, e o placar de 0 a 0 seguia. Aos 46, já perto do intervalo, Lavezzi recebeu na área, mas bateu em cima de Bravo.
O início do segundo tempo foi morno. Nenhum dos times conseguia chegar bem na frente e, em alguns momentos, o duelo acabava por ficar feio, com faltas e alguns chutões.
Os treinadores tentaram mudar: Higuaín entrou na vaga de Agüero, e Mati Fernández no lugar de Valdívia. Mais uma vez, mudaram os nomes, mas os esquemas seguiram os mesmos.
La Roja melhorou e conseguiu chegar mais na frente. Aos 37, Aránguiz achou grande passe para Sánchez na área, e o chute passou muito perto do gol. No último lance do tempo normal, após contra-ataque, Messi deu para Lavezzi, que rolou par Higuaín, na pequena área, mas o atacante acabou mandando para fora.
A prorrogação foi o que se espera de uma prorrogação: jogadores exaustos, alguns com câimbras, e alguns momentos de emoção. No primeiro tempo, apenas um desses: Sánchez arrancou em contra-ataque após furada de Mascherano, se aproximou da área e bateu forte, mas para fora.
No segundo tempo, o cansaço era maior ainda. Era o fim de uma temporada desgastante para a maioria dos atletas. A decisão ainda teria mais uma etapa: os pênaltis.A tensão era absurda no Estádio Nacional. As duas primeiras cobranças chilenas foram muito perigosas, mas entraram. Após Messi ter mandado para a rede, Higuaín isolou a segunda argentina. O estádio vibrou, ainda um pouco ressabiado, mas Banega perdeu a cobrança seguinte, parando em Bravo (Bravo!) e Sánchez definiu o título inédito. Finalmente, a América é do Chile!
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