Clássico dos Milhões é pobre tecnicamente, mas Vasco vence e tenta afastar a crise

O Clássico dos Milhões não vive seu melhor momento. Muito pelo contrário. Com os dois times na zona de rebaixamento, o torcedor que foi na Arena Pantanal viu um péssimo jogo, que no final teve o Vasco vencedor após um dos raros bons lances de ataque terminar na rede flamenguista. 

O Flamengo tem sete pontos, um a mais que o rival, mas ambos estão entre os quatro últimos. O primeiro fora do Z4 é o Figueirense, que tem nove. 

Clássico dos Milhões é pobre tecnicamente

O início do clássico foi ruim dos dois lados, refletindo o atual momento das equipes. Ninguém conseguia colocar a bola no chão e trabalhar as jogadas. 

Em uma das raras jogadas bem trabalhadas, o Vasco chegou ao gol. Madson avançou bem pela direita e cruzou para Riascos completar de cabeça. 

O tento tranquilizou um pouco os vascaínos, que tiraram a responsabilidade das costas e jogaram do outro lado. E o Flamengo não sabia muito bem o que fazer com ela. 

A equipe de Cristóvão não tinha criatividade. Anderson Pico tentava ser o jogador a armar as jogadas, e várias vezes abandonou a lateral para centralizar o jogo. Não dava certo, como era de se esperar. 

Ao longo de todo o primeiro tempo, o goleiro Charles não fez nenhuma defesa, só saindo em cruzamentos. Para ser justo, nem César. A vantagem foi o único bom lance ofensivo em 45 minutos. Futebol pobre dos dois lados. 

Fla melhora, mas não é para tanto

Cristóvão tentou resolver dois problemas em uma só alteração no intervalo: Anderson Pico, mal em campo, saiu para a entrada de Alan Patrick. Éverton foi deslocado para a lateral, enquanto Alan teria a missão de organizar as jogadas da equipe. 

O Rubro-Negro respondeu bem a mudança e melhorou na segunda metade. Marcou mais adiantado, teve mais a presença de jogadores na criação e arriscou mais também.

O jogo melhorou apenas até certo ponto. Os chutes do Flamengo raramente encontravam a direção do gol. Mesmo contra um adversário que dava apenas chutões para frente, o empate não veio.